O etanol é a droga que mais mata no Brasil. Além da euforia e embriaguez, seus efeitos tóxicos tem uma consequência famosa: a RESSACA.
Acompanhe nesta série de 2 partes uma versão química dos fatos.
Primeira Parte: O ETANOL E A RESSACA
1) A oxidação do Etanol: no fígado, usando NAD+ como agente oxidante, produzindo o acetaldeído (etanal). A reação é catalisada pela enzina ADH (álcool desidrogenase). Em alcoolistas, um outro processo de oxidação do etanol se desenvolve nas mitocôndrias (processo MEOS).
2) O etanal é tóxico e, portanto, é rapidamente oxidado pelas enzimas ALDH, formando o ácido acético. Uma boa parte da população tem enzimas ALDH que sofreram mutação, tornando-a menos ativa. Por isso algumas pessoas tem mais ressaca do que outras.
3) O ácido acético é consumido, pois entra no ciclo metabólico do ácido cítrico.
Estas etapas liberam 450 kcal para cada 100g de etanol!
B) A RESSACA
Deve-se basicamente aos efeitos tóxicos do etanal, à desidratação e à depleção de oxigênio no sangue (devido ao processo MEOS).
O etanal em excesso provoca fotofobia, encefaléia e enjôo.
Outra consequência do consumo de etanal é a falta agente oxidante NAD+ no organismo, que diminui a síntese da glucose e promove acúmulo de ácido lático nos tecidos. É daí que vem o cansaço e fraqueza da ressaca.
NÃO PERCA: na próxima semana veja a SEGUNDA PARTE, como MINIMIZAR OS EFEITOS TÓXICOS DO ETANOL e DIMINUIR A RESSACA! Aqui, no falaQuímica!